A cólica dos três primeiros meses

Você já deve ter ouvido muito falar da cólica que o bebê tem até os 3 meses de idade, que faz com que ele chore muito, sempre, e que de repente, no terceiro mês, desaparece milagrosamente, não é verdade?

colicaEsta cólica geralmente se inicia dez dias após o parto, começando à tarde ou à noite, sendo que de manhã a criança normalmente fica mais calma. Ela se manifesta com maior intensidade após a refeição (mamada), cerca de uma ou duas horas apos a mamada, quando o bebê está saciado e sonolento. Ela não tem uma única causa e, portanto, não se pode fazer a mesma medicação para todos os bebês e todos os dias. Tanto que ela passa com os mais variados recursos: gotas antiespasmódicas, virar a criança de bruços, compressa morna sobre a barriga, chupeta, mudança de leite ou até mesmo o clássico embalo.

O que se sabe com certeza, é de que o bebê, desde a sua primeira semana de vida, é inevitavelmente influenciado pela ansiedade das pessoas que o cercam (mãe, pai, avós, parentes, babás, irmãos) por gritos, excitações no ambiente, gestos tensos ao segurá-lo ou afobação geral.

A cólica é mais frequente em bebês que mamam depressa, ou que são mais agitados ou tensos. Esses bebês apresentam hipertonia fisiológica, com contrações violentas dos músculos do estômago e do intestino, em contato com o coágulo do leite que se forma, e são os que melhoram logo com o colo, embalo e chupeta, pois estes são sedativos e calmantes. As gotas antiespasmódicas também agem favoravelmente nesses casos, mas com um prazo um pouco maior.

Essas cólicas são contrações violentas tanto do estômago quanto do intestino, e são provocadas pela formação de gases decorrentes dessas contrações, de natureza nervosa ou alérgica. São uma das causas mais frequentes do choro do bebê e às vezes nada do que você faça parece adiantar, mas você não pode deixar de tentar todos os métodos anteriormente citados.

Para evitar essas cólicas, você pode manter o intervalo constante entre os horários das refeições, evitando que o estômago esteja cheio ao receber a refeição seguinte e nem fique completamente vazio. Na alimentação artificial, você deve observar se o bebê não engole muito ar, deixando a mamadeira sempre numa boa posição. Além disso o leite não deve estar exatamente na mesma temperatura do corpo pois se estiver quente ou frio demais pode provocar tais contrações na musculatura do estômago. Ao peito, observe que ele abocanhou direito para também não engolir muito ar. Sempre aguarde o bebê arrotar após as mamadas. Evite passeios em locais muito agitados, pois o excesso de agitação pode prejudicar a digestão do bebê.

Evitar a prisão de ventre, fezes líquidas ou malformadas, ajustando a dieta alimentar também pode ajudar. Nos casos de cólica, você pode manter o bebê em seu colo o tempo que for necessário, até que ele melhore. Isso não vai “estragá-lo”.

No colo, coloque o bebê de pé, dando tapinhas em suas costas por uns 5 minutos. Depois coloque uma bolsa aquecida (morna) em seu abdome ou faça massagens leves com substâncias oleosas levemente aquecidas.

Se o bebê estiver em alimentação artificial, consulte o pediatra e tente trocar o tipo de leite para ver melhora. Se estiver mamando somente no peito, a mãe pode tentar evitar tomar leite de vaca e observar se melhora. Além disso pode evitar também café, chocolate, feijão preto, brócolis e couve-flor, sempre observando se o bebê melhora ou não com a retirada desses alimentos da dieta materna.

Tenha paciência, pois aos três meses de idade, seu bebê estará com o intestino mais bem formado e essas cólicas deixarão de acontecer. Se ela permanecer após os três meses de idade, comunique ao pediatra e ele deve solicitar exames mais detalhados para investigar o problema.

 

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